Na metade do ano passado a Microsoft anunciou novas políticas com a promessa de mais prontamente os pedidos de retirada de conteúdo de "revenge porn"* de seus servidores e de seu buscador, o Bing. Nos seis meses que se seguiram foram 537 pedidos, dos quais a empresa acatou 63%.
Um pedido de retirada de conteúdo aceito pela empresa pode ser bastante eficaz, uma vez que ela remove tudo que está dentro do seu alcance. Uma foto ou vídeo compartilhados viaXbox Live ou One Drive, por exemplo podem ser removidas de qualquer site, se ninguém fez o download, editou e refez o upload por outro meio. Para os 37% que não tiveram essa sorte as justificativas são as seguintes: ou a Microsoft requisitou mais informações para "determinar" o pedido ou ela avaliou o conteúdo em questão e decidiu que ele não se encaixa nos critérios de "revenge porn" por não conter nudez ou por "não identificar a vítima na imagem".
Em comparação, quando o assunto é violação de direitos autorais, foram 60 milhões de pedidos no mesmo período, onde a Microsoft acatou 98%.
Enquanto é muito fácil verificar os critérios de copyright, "não identificar a vítima na imagem" soa como um critério perigoso, já que pode ser bem mais difícil para alguém da Microsoft reconhecer uma pessoa sem ver o rosto dela, mas nem tanto para seus amigos e familiares.
*Revenge porn significa "pornô de vingança" e é quando um indivíduo espalha na internet fotos ou vídeos íntimos de seu ou sua ex com a intenção de expor e humilhar a vítima. Além de patética, essa é uma prática criminosa.
Fonte: Adrenaline UOL
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