quinta-feira, 24 de abril de 2025

Projeto Ubíqua promove imersão prática de estudantes de Direito no Tribunal do Júri em Timon


Na manhã desta terça-feira, o Fórum da Comarca de Timon recebeu a visita de acadêmicos do curso de Direito da Faculdade Uninassau, sediada em Teresina (PI). A atividade integra o Projeto Ubíqua: A Dinâmica Hermenêutica, que tem por objetivo proporcionar aos estudantes uma experiência imersiva na prática forense por meio da observação de sessões do Tribunal do Júri.

Sob a coordenação da professora Eliana Freire, os alunos acompanharam dois julgamentos distintos, sendo um de homicídio qualificado, realizado na 2ª Vara Criminal, sob a presidência do Juiz Clênio Correia, e outro de tentativa de homicídio, ocorrido na 1ª Vara Criminal, presidido por mim.

A iniciativa busca enriquecer a formação jurídica dos discentes ao colocá-los em contato direto com os ritos e dinâmicas do processo penal, em especial com os aspectos práticos do procedimento do júri popular. A vivência contribui significativamente para a consolidação do aprendizado teórico e para a formação crítica dos futuros operadores do Direito.

A aproximação entre academia e Judiciário revela-se uma estratégia eficaz para estimular o senso de responsabilidade social, o respeito às garantias processuais e a valorização do papel institucional da magistratura.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Encontro sobre Justiça Restaurativa: Transformando Conflitos e Fortalecendo Vínculos Sociais

Ocorreu ontem (07/04) na URE de Timon um encontro sobre justiça restauratva. O evento foi uma apresentação e discussão detalhada sobre justiça restaurativa e sua aplicação prática, com foco nos projetos educacionais que serão desenvolvidos nas escolas locais em parceria com o Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (NEJUR) do Tribunal de Justiça do Maranhão. Diversos atores do sistema de justiça e da comunidade educativa se reuniram para debater as práticas da justiça restaurativa.

A juíza Larissa Tupinambá, Coordenadora do Nejur, iniciou o evento apresentando o núcleo, sua história e missão de difundir a justiça restaurativa no Maranhão. Ficou claro que a justiça restaurativa não é uma novidade, mas um reavivamento de modelos ancestrais de justiça, com raízes em práticas indígenas e comunidades Maori na Nova Zelândia. A ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda a sua adoção, e as diretrizes foram traçadas em 1990.

Os princípios da justiça restaurativa foram explicados, com foco na violação de relacionamentos e de pessoas, em contraste com a justiça criminal tradicional que vê o crime como uma ofensa ao Estado. A justiça restaurativa envolve a participação ativa da vítima, do ofensor e da comunidade na resolução das questões oriundas do crime, geralmente com a ajuda de um facilitador. O objetivo principal é promover reconciliação, reparação, justiça e segurança.

Em comparação com a justiça criminal, que se baseia na culpa e na aplicação de pena sem muitas vezes levar à reparação ou transformação, a justiça restaurativa busca entender as necessidades de todos os envolvidos e construir soluções colaborativas. Foi enfatizado que a justiça restaurativa pode ser aplicada em diversas áreas, incluindo a realidade escolar.

A coordenadora administrativa do NEJUR, Lígi Pestana, apresentou os principais projetos para a educação em Timon: (i) Educando para Paz, que visa a prevenção e o enfrentamento de conflitos no ambiente escolar por meio de círculos de diálogo e tomada de decisão, palestras e rodas de conversa sobre temas como bullying, cyberbullying, indisciplina, diversidade e intolerância. O objetivo é fortalecer a cultura do diálogo, respeito mútuo e resolução pacífica de conflitos, além de contribuir para o desenvolvimento socioemocional e ético; e (ii) Plantando Valores, que busca promover a responsabilidade coletiva e o diálogo sobre a importância da preservação ambiental, com atividades como círculos de diálogo, elaboração de planos de redução de resíduos, criação de hortas escolares e campanhas de conscientização. Foi proposto que os alunos escolham uma ação ambiental para desenvolver ao longo de 2025, com foco na Semana do Meio Ambiente em junho.

A importância da participação voluntária dos alunos e da comunidade escolar foi ressaltada. As facilitadoras de justiça restaurativa de Timon foram reconhecidas pelo seu trabalho voluntário. 


Durante a sessão de perguntas e respostas, foram abordados diversos temas, incluindo o funcionamento das palestras, a distinção entre disciplina/correção e responsabilização, os direitos de vítimas e ofensores, o impacto do diálogo na pena, um caso prático de aplicação em escola de Timon, a situação de vítimas que não querem denunciar (com menção ao Centro de Apoio às Vítimas e Testemunhas - CEAV), e as medidas de segurança e acolhimento para vítimas nas escolas. Um gestor escolar compartilhou uma experiência positiva de resolução de conflito através da justiça restaurativa. Ficou claro que a justiça restaurativa não necessariamente reduz a pena em casos criminais, mas pode ser suficiente em infrações mais leves. A participação da vítima é voluntária, e nem sempre há um encontro direto com o ofensor.


O evento reforçou a importância da adoção de modelos que visam a efetiva reparação dos danos e a promoção do entendimento mútuo, valorizando os laços comunitários para uma sociedade mais segura e inclusiva. A continuidade desse trabalho dependerá do engajamento de todos os atores.

Em Timon, o Centro de Justiça Restaurativa tem como Juiz Coordenador o juiz Simeão Pereira e Silva e a responsável Silmara dos Santos Sá. Podendo ser acessado pelo e-mail silmarasa3545@outlook.com ou no endereço Av. Teresina, 210 - Parque Piaui, Timon - MA, 65631-205 - Prédio do CREAS.

Siga o perfil do NEJUR no Instagram: @nejur.tjma.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Plantão Judicial – Comarca de Timon (07 a 13 de abril de 2025)

Informo à comunidade jurídica e à sociedade em geral que, conforme a Portaria-TJ nº 12632025, assinada pelo Juiz de Direito Weliton Sousa Carvalho, Diretor do Fórum da Comarca de Timon, foi fixada a escala semanal de plantão judiciário para o período de 07 a 13 de abril de 2025.

Neste período, estarei em exercício como Juiz Plantonista, com atuação voltada para as demandas de urgência, nos termos da legislação vigente.

A equipe de plantão está assim composta:

  • Juiz Plantonista: Rogério Monteles da Costa – Juiz Titular da 1ª Vara Criminal
    📞 (86) 98839-3090

  • Secretário Judicial: João Paulo dos Santos Machado
    📞 (86) 98832-2474 / (99) 2055-1215

  • Assessora: Juliana Santana da Silva

  • Servidor: Bruno Jackson Silva Santos

  • Oficiala de Justiça: Lívia Lima Viana

A Portaria pode ser validada através do site oficial do Tribunal de Justiça do Maranhão: www.tjma.jus.br/validadoc.php, utilizando o código: 6439C5376C.